sexta-feira, 3 de abril de 2009

Manifesto.


Agora falando mais sério, tem tempo que eu não publico nenhum texto de opinião aqui
Acho que o vestibular massificou todos meus textos de opinião em dissertações argumentativas, mas esse aqui é meu blog, a vida é minha, o pobrema é meu e eu escrevo do jeito que eu quiser.
Ok, acho que to meio irritadiça ultimamente, o dia e a trilha sonora não tão ajudando muito do contrario, mas tudo bem, pode ser até um bom tempero pra falar de liberdade.
“Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las” Voltaire.
Já fui ferrenha defensora dessa frase, mas hoje em dia não sei se concordo. Nem por isso venho aqui dizer que acho certo cercear o direito de ninguém quanto à livre expressão, mas acho que as pessoas perdem a noção do seu livre arbítrio.
Essa quarta feira, pela manha, horário do rush o Greenpeace resolveu fazer um protesto na ponte presidente costa e silva – vulgo Rio - Niterói-, muito bonito, muito elucidativo, uma excelente mensagem e um tapa na cara bem dado em muita gente, mas o mesmo grupo que pendurou que escreveu em letras garrafais “people first” não se deu ao trabalho de notar quantas pessoas estava prejudicando, eu mesma podia ter perdido uma prova na faculdade pelo transito, mas isso nem se compara a alguém que perde uma entrevista de emprego ou um vôo.
Sou contra manifestações desorganizadas e que atrapalham os outros, e, como sempre Brasil é Brasil, e tudo fica impune, agora a algum tempo atrás quando quiseram fazer uma passeata – organizada e planejada- defendendo a liberação da maconha ou a pedalada pelada – com o perdão do trocadilho – a policia e os governos se prontificaram de tratar que não aconteceria e se fosse o caso seriam punidos.
Não acredito nem defendo nenhum dos ideais supracitados, mas em detrimento a mostra de impunidade de quarta feira me irrita; ver a falta de plenitude da nossa democracia. É pra liberar geral vamos lá, ativistas no meio de carros, quando e onde nos der na telha, e viva a anarquia, que fique claro que não a trato no sentido pejorativo, anarquia não é bagunça, mas a ausência de instituições reguladoras sociais.
A liberdade democrática permite greve de ônibus, luta sindicalista, o direito do trabalhador, lindo, cuti-cuti, bato palmas, agora me diz, e quem depende de ônibus como faz?Escola, faculdade, trabalho, médico? Se médicos pararem de atender nos hospitais a primeira coisa que se fala é de negligencia, mas um momento, quer dizer que todo mundo que vai a hospitais agora tem carro ou consegue ambulâncias do estado?
Sério, cansei disso, choque de ordem não é tirar os carros dos canteiros e calçadas, mas ensinar educação às pessoas.

Um comentário:

Lucas disse...

Pedalar pelado até que é legal.

Agora, quanto a greve dos ônibus... é um problema, atrapalha a vida... mas o que você sugere? De quem é a culpa?