domingo, 18 de janeiro de 2009

By the way.

Acho que to mais concisa.

O destemido.


Não possuía mais do que sete anos o magrelo corpo que se esgueirava na janela pra ver a conversa dos adultos. Já passava das onze, e ele devia estar na cama a mais de hora, mas fosse pelo calor da noite de janeiro ou por tênue curiosidade infantil, lá estava o pequeno escondido por entre as treliças da janela. De inicio tudo parecia como de costume, ora, apenas um bando de adultos conversando, da forma que fazem na sala quando as crianças se fazem presentes, mas antes que a decepção o atingisse eis que se deu inicio ao assunto proibido, aquele pelos quais os adolescentes riem às alcovas e os adultos desconversam. O entusiasmo do pequeno era quase palpável, nunca ouvira tantas coisas com tamanho enleio, sobretudo da boca daqueles que pra ele não passavam de pais e tios. Contudo há mistérios que devem ser mantidos mistérios até para as crianças mais astutas na arte de fofocar, e não demorou para que fosse descoberta a infração e aplicada a pena a quem infligiu as regras do lar.O corpinho franzino bem que se deu por vencido e tornou a cama, mas as noites de verão na casa de praia nunca mais foram pueris.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Olá, alguém em casa ?

Férias! O paraíso do ostracismo tornou a encontrar esse projeto de escritora, mas dessa vez devo confessar que ele tardou e acabará mais cedo, ok isso não é um espaço pra lamurias, mas para devaneios então a eles torno. Esse post em especial é pra exorcizar 2008. Entre muitos livros e pressões que só quem tentou vestibular com um real objetivo conhece, e a perda de pessoas que eu amava muito, seja no sentido mais decrepto da morte ou no mais ínfimo do termino de um relacionamento, eu experimentei a sensação de ter as rédeas da minha vida em minhas mãos. É inebriante e assustador o poder de decisao. Tudo bem, entre mortos e feridos eu me salvei, e o fiz com o máximo de pessoas que pude carregar comigo, porém eu tenho consciência de que quando se faz escolhas sempre há algo que se perde. Acho que minha maior perda foi a da crença em contos de fada, e acho que meu maior ganho é saber que tendo 17 anos ainda voltarei a crer neles muitas vezes. Aprendi também a gostar da duvida, mas isso fica pra outro momento. Por enquanto vou me deter por aqui, esse texto serviu pra que eu percebesse o quanto eu estou desacostumada a divagar, culpa da matemática, números são inversamente proporcionais a criatividade. Amanha-me volto, ou talvez depois, quisá na sexta, tudo bem Darling, afinal nós temos o resto da vida.
Adios !