segunda-feira, 20 de junho de 2011

Eu.

Perdi uma parte do meu tempo de estudo relendo meus proprios textos e cheguei a melhor conclusão da noite, eu gosto muito de mim mesma!
E que bom que eu tenho um espaço pra ser egocentrica e parcial.
Boa Noite :)

domingo, 19 de junho de 2011

Clinicando.

Aqui estou eu querido blog, perdão pelo esquecimento tão longo, mas você sabe que é sempre assim. Até que hoje é diferente, não estou em sofrimento eminente (excetuando-se as provas), nem efusiva, hoje só deu saudades mesmo. Sabe o que eu acabei de perceber? Eu ponho tanto de mim aqui, mas nunca pus a medicina.

Engraçado, ela tem um papel tão fundamental, tão diário, tão inato, e eu só venho aqui nos hiatos dela, quando eu tenho uma trégua, quando algo está me ocupando mais a cabeça. Eu nunca venho contar um caso, fazer um relato ou qualquer coisa do gênero.

Bom, mas ainda não será dessa vez, não tenho atendido ultimamente, semana de provas e tudo mais, então nenhum caso específico pra contar. Esse período as coisas mudaram de figura, eu tenho mais contato com pessoas, doenças, tratamentos, e meus próprios erros.

A primeira vez que eu fui fazer uma anamnese eu percebi sentada na maca que eu não tinha a menor ideia do que fazer. Para melhorar a situação pegamos uma professora super severa, que deu vários trancos no grupo. Bom pra nós. Daquele dia em diante as coisas só melhoraram. Atualmente ainda não sei fazer uma boa anamnese, toda vez que eu sento pra reler meus dados eu vejo quanta coisa ainda precisa ser feita; exame físico então nem se fala, são milhões de atos falhos, mas não vou dizer que não houve progresso.

O maior aprendizado que eu tirei desse período foi aprender a confiar mais em mim e controlar minha teimosia. Eu sei que parecem opostos, que quanto mais eu confio em mim mais teimosa eu fico, mas juro que não foi o caso; do contrario, aprendi a ter mais equilíbrio entre ambos, saber a quem eu devo abaixar a cabeça mesmo discordando e manter minha opnião caso eu tenha convicção dela. Um professor tem um status quo, e se ele quer me passar um conhecimento próprio dele cabe a ele e eu não devo contestar, já absorver ou não cabe a mim. Acho que esse senso crítico deveria ser ganho por todos os alunos que iniciam no ciclo médico. A medicina se aplica em humanos e é lecionada por humanos, existem padrões, mas não fórmulas exatas, cabe ao aluno aprender a ser criterioso, pois é aqui que começa a se formar sua personalidade médica.

Ou não. Já discordei de tanta coisa que eu escrevi convicta por essas páginas...