sábado, 19 de julho de 2008

Sobre aquilo que eu nao disse.

Tiraram-me o tempo, o computador, as saídas e a liberdade. Deram-me um cubículo, uma pilha de livros e um objetivo que eu resignada aceitei. Ganhei metas tracei um plano, dediquei efusiva e exclusivamente meus dias a ele, e, na tentativa de amenizar a clausura me deram quinze dias de férias. Férias!O que eu vou fazer com quinze dias de ócio e ostracismo! Simplesmente acho que desaprendi a não ter o que fazer e isso torna tudo muito mais entediante, isso quando é só isso.
Não tem algo pré definido para raciocinar, nem um livro, me uma matéria para a prova, nada me obriga a refletir, sobretudo acerca do que eu não fiz esse ano. De fato não houve muitos arrependimentos sobre ações, mas sobre pensamentos, vi que muito do que eu queria dizer eu não disse. Queria ter dito a Luiza que eu admiro sua infantilidade, e a Gabriela a sua maturidade, queria ter dito a Jéssica que eu admiro sua liberdade e a Lucas sua convicção, queria que Conrado soubesse que eu o admiro por me agüentar nas crises mais bizarras e que Amanda soubesse que eu me espelho e sempre me espelhei nela, a Igor diria que meus dias perderam boa parte da graça sem a sua presença, e a Gustavo diria que perdi um dos melhores obros-amigos, por fim queria dizer a Ronie que está doendo saber que falta pouco e que eu admiro sua capacidade de sempre parecer que está tudo bem.
Acho que em suma o que me cabia dizer a todos eles era eu te amo, mas há coisas que infelizmente nenhum livro nos ensina a fazer com destreza.